terça-feira, 20 de novembro de 2007

O bebezinho

Apaixonou-se por uma garota e a seduziu. Começaram a namorar. Ela acabou apaixonando-se por ele também. Ele chamava-a de "bebezinho". Um dia ele apaixonou-se por outra e terminou com o bebezinho.
O bebezinho então mandou fazer de puro aço luminoso punhal, que cravou repetidas vezes no peito de seu ex-namorado. Não satisfeita, deu um tapa no rosto do morto ensangüentado. Tudo isso em plena Avenida Central.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

o medo morde o meu coração...

sábado, 3 de novembro de 2007

O continente esquecido

Estou lendo um livro cujos autores intitulam-no como "multicultural". Na introdução é dito que ele irá abordar manifestações culturais da África, Américas e Ásia, opondo-se assim ao eurocentrismo reinante. O livro até parece ser bem interessante, mas fiquei intrigada, perguntando-me como fica a Oceania...

Já repararam como eu gosto de reticências?

Um bom romance é uma fábrica de sonhos...

O Cúmulo

o Cúmulo da absurdo é a pessoa sentar-se numa área reservada para fumantes e ter a cara de pau de reclamar do cheiro do cigarro...

Poema para chamar Leão

Quem deseja caminhar até o Sol
Com passos lentos sobre um rastro de luz
Como um Pequeno Príncipe
saindo do Pólo-Norte até o Astro-Rei

Tem que ir com calma
Para não despencar do raio quente
Caindo numa poça de gelo.
E então tudo será frustração.

De remar congelando na neve.
Mas se tiver a sorte de encontrar um Leão
Que com sua juba quente
O aqueça do frio
Então poderá talvez sair do rio
De pura amargura e estagnação.

Pássaro alvo que plana.
Na relva garoada de gelo
Atenda ao meu apelo
Evitando a coruja que esplana.

Então alcançarei o apuro
Darei adeus ao agouro
Minh'alma brilhará como ouro
De barra em quilate puro.

E tudo será puro deleite
Gota de mel no leite
Porta aberta da gaiola
E deixarei de ser tola.

Caminho aberto
Longe da arapuca
Brilho de rosa púrpura
Mão enfiada na cumbuca.

Abandonarei a jaula
Livrarei-me desta aula
Que só me reveste de ignorância
E nunca mais terei ânsia.