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Geração inde(x)pendente
Foi aí que eu comecei a fazer versos
e mendigar editores,
como se eles fizessem grandes favores
em nos publicar...
Mas de tanto trabalhar virei poeta
- um grande passo em minha meta
porque em poetisa todo mundo pisa
E quando me consideraram menina prodígio,
consegui que um crítico de prestígio
analisasse minha papelada.
Ele deu uma boa folheada,
pensou, pesou e sentenciou:
"- É incrível...
não tem nível..."
Juro que fiquei com certa mágoa,
porque, afinal, quem precisa de nível
é caixa d'água...
(Leila Míccolis)
e mendigar editores,
como se eles fizessem grandes favores
em nos publicar...
Mas de tanto trabalhar virei poeta
- um grande passo em minha meta
porque em poetisa todo mundo pisa
E quando me consideraram menina prodígio,
consegui que um crítico de prestígio
analisasse minha papelada.
Ele deu uma boa folheada,
pensou, pesou e sentenciou:
"- É incrível...
não tem nível..."
Juro que fiquei com certa mágoa,
porque, afinal, quem precisa de nível
é caixa d'água...
(Leila Míccolis)
3 comentários:
Sei o que são livros, mas não sei o que são pessoas...
Concordo com o título, o conteúdo e o comentário...eu também adoro os três pontinhos...sempre fica algo no ar, algo por dizer, um pedaço de infinito...
Também gosto de reticências. Mario Quintana dizia que "as reticências são os três primeiros passos do pensamento. que continua por conta própria o caminho". Adoro o Quintana!
E é verdade, bons romances dão muita matéria prima para a fabricação de sonhos. Pensando melhor, para o artesanato dos sonhos, porque os sonhos estão mais para arte do que para produtos fabricados em massa...
Quanto às pessoas, acho que são diversas demais para serem definidas em uma frase. Mas eu detesto aquelas que destroem os sonhos...
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