segunda-feira, 19 de maio de 2008
domingo, 11 de maio de 2008
Surto criativo
E de repente a poesia era tóxica
ou ela se afogava num tubo de nanquim.
Inalava as letras todas
até a caixa toráxica
e asfixiava-se
e chegava ao fim.
ou ela se afogava num tubo de nanquim.
Inalava as letras todas
até a caixa toráxica
e asfixiava-se
e chegava ao fim.
Não tenho nada:
nenhuma qualidade e nenhum defeito.
Não sou amiga de ninguém:
nem do mendigo e nem do prefeito.
Não peço esmola a nenhum cidadão:
Pago o meu próprio preço
de viver num mundo cão,
como mereço.
Vivendo esta vida rude
em que quase nada pude
pergunto-me então:
Terá sorte o embrião?
Ou será que a mãe, que o embala,
também o ilude?
nenhuma qualidade e nenhum defeito.
Não sou amiga de ninguém:
nem do mendigo e nem do prefeito.
Não peço esmola a nenhum cidadão:
Pago o meu próprio preço
de viver num mundo cão,
como mereço.
Vivendo esta vida rude
em que quase nada pude
pergunto-me então:
Terá sorte o embrião?
Ou será que a mãe, que o embala,
também o ilude?
sábado, 10 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Poema para não mofar coração virgem
Os girassóis já brotam mofados
E escorridos de lágrimas adocicadas
Mas quando o sol de leve mordisca suas pétalas
Eles se eriçam todos como uma virgem levantando apetitosamente sua saia
Para sua primeira refeição nupcial.
E escorridos de lágrimas adocicadas
Mas quando o sol de leve mordisca suas pétalas
Eles se eriçam todos como uma virgem levantando apetitosamente sua saia
Para sua primeira refeição nupcial.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
segunda-feira, 5 de maio de 2008
domingo, 4 de maio de 2008
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Releitura de Dorian Gray
Era uma mulher jovem, mas tinha aspecto envelhecido, a pele acinzentada, os dentes amarelados, cabelos desgrenhados... e tinha uma expressão débil: expressava-se debilitadamente. Adentrou numa concha de caracol e lá ficou em posição fetal, até definhar e morrer. Quando encontraram o cadáver, sua pele parecia de bebê, os dentes eram de leite, cabelos sedosos e os olhos abertos eram expressivos.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Muletas
Eu sempre amei o surrealismo: acabei me transformando num quadro de Salvador Dali. Eu admiro João Cabral de Melo Neto porque ele era exatamente o oposto do que eu sou: execrava o surrealismo, abominava o romantismo, não suportava música, escrevia poemas totalmente metrificados.
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