domingo, 11 de maio de 2008

Não tenho nada:
nenhuma qualidade e nenhum defeito.
Não sou amiga de ninguém:
nem do mendigo e nem do prefeito.

Não peço esmola a nenhum cidadão:
Pago o meu próprio preço
de viver num mundo cão,
como mereço.

Vivendo esta vida rude
em que quase nada pude
pergunto-me então:

Terá sorte o embrião?
Ou será que a mãe, que o embala,
também o ilude?

Um comentário:

Cacau disse...

A primeira estrofe foi escrita no ano de 2001. O soneto foi terminado há 3 ou 4 anos e é bem propício para ser postado no dia das mães...