sábado, 13 de outubro de 2007

Susto

E eu era uma fantasma preto rezando submissa em frente a uma vela, ajoelhada e cabisbaixa.
À minha volta havia um burburinho, um monte de vozes vivas sussurrava.
De repente, uma delas me disse:
- Você está viva!
E eu gritei.

Um comentário:

J.M. de Castro disse...

Mais ardilosa é a vida que quando nos esquecemos dela ela grita e nos assusta. Susto que interrompe o hábito, a banalidade. Um susto que também não cessa de ter na obra da Clarice. O seu o dela. A vida, a escrita do espanto.