A minha cachorra ossólatra rói seu vício de estimação com seus dentes calcificados e lodosos de tártaro, deliciando-se no seu egoísmo rosnante, envaidecida de destruir o que detém entre as patas, orgulhosa de seu ofício osso, ossificada no seu perpétuo trabalho dental, forçada a friccionar um falso osso forjado, concentrada no seu labor incessante de quadrúpede obstinada a agradar seus donos com seus gestos fofos de quem rói, rói, rói, como se roesse uma romã em Roma.
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