sábado, 29 de dezembro de 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
domingo, 16 de dezembro de 2007
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
válvulas de escape
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
O bebezinho
terça-feira, 6 de novembro de 2007
sábado, 3 de novembro de 2007
O continente esquecido
O Cúmulo
Poema para chamar Leão
Com passos lentos sobre um rastro de luz
Como um Pequeno Príncipe
saindo do Pólo-Norte até o Astro-Rei
Tem que ir com calma
Para não despencar do raio quente
Caindo numa poça de gelo.
E então tudo será frustração.
De remar congelando na neve.
Mas se tiver a sorte de encontrar um Leão
Que com sua juba quente
O aqueça do frio
Então poderá talvez sair do rio
De pura amargura e estagnação.
Pássaro alvo que plana.
Na relva garoada de gelo
Atenda ao meu apelo
Evitando a coruja que esplana.
Então alcançarei o apuro
Darei adeus ao agouro
Minh'alma brilhará como ouro
De barra em quilate puro.
E tudo será puro deleite
Gota de mel no leite
Porta aberta da gaiola
E deixarei de ser tola.
Caminho aberto
Longe da arapuca
Brilho de rosa púrpura
Mão enfiada na cumbuca.
Abandonarei a jaula
Livrarei-me desta aula
Que só me reveste de ignorância
E nunca mais terei ânsia.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
by http://giramundogiraeugirassol.blogspot.com/
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Fato real
Minha avó paterna serviu refrigerante de guaraná no copo e bebeu um gole:
-humm, tá azedo!
E misturou açúcar e tomou (o refrigerante, engraçadinhos!) satisfeita!
Lembretes
2. comprar cocaína (pois a nicotina não está dando conta do recado);
3. comprar (qualquer coisa. Afinal a regra é consumir!).
domingo, 28 de outubro de 2007
sábado, 27 de outubro de 2007
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Cerzida
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Refeição apetitosa
servida numa bandeja de prata
cílios pretos
no cilindro
que enovela-se sobre si próprio
ciciando
termino tudo com uma pisada crocante
escorre o caldo que vai temperar meu alimento
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
domingo, 21 de outubro de 2007
sábado, 20 de outubro de 2007
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Oração aberta
já que você é inegável,
livra-me da política
(sem que eu me torne apolítica),
assim como de todos os outros males,
Amém.
Revolta da criatura
sábado, 13 de outubro de 2007
Quase-autismo
dar um chute na bunda da minha namorada Carência
Mandar ela pra fora da Via Láctea
pra que ela chupe dedo até sair leite
E me deixe em paz!
Mas ela é ciumenta
não deixa ninguém se aproximar de mim
Vive me vigiando de sua sentinela
Com olhos bem abertos
e fuziladores.
Mais que ciumenta, possessiva:
doente
E eu ranjo os dentes
que não mordiscam ninguém
Carentes de outros dentes
que saibam morder delicadamente
como se sorve uma fruta
há quanto tempo não sou p...
Cerrada numa cela entrincheirada do mundo!
Susto
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
sementes
estaremos entregues
a este passar sobre a terra
exausta de nos esperar?
Até quando havemos de sonhar
ser flor e fruto
e não a dor infinita da morte
do teu olhar?
{Cruzeiro Seixas}
fonte: http://www.prahoje.com.br/bill/?cat=10
domingo, 7 de outubro de 2007
Purgatório
Constatação
O tempo espera-se em pintar-se
de branco
para cegar uma cor
mas a minha flor abria-se de
pétalas
e as várias mãos escreviam um
piano por cima de teclas grãos vários
seguidos uns aos outros.
(...)
{António Gancho}
copiado de http://www.flickr.com/photos/realidadetorta/1487535598/ (mas os créditos são de António Gancho, como já foi explicitado)
Meu sussuro é geada na sua vegetação
coração réptil
eu: fezes que adubam uma flor-amor-mofo
Não tenho estofo
para te conquistar.
Eu adoro o ventar
créditos: http://www.fotolog.com/priscillamenezes
Porque eu sei que não fui eu quem escrevi, mas tais palavras incorporam perfeitamente meu sussurro em potencial.
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Torre de Babel
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Masturbador convicto
sou apenas uma garotinha mimada
cultivando um amor
que não te interessa.
Você não rega essa semente
ela atrofia
abortada.
Meu coração se transformou num masturbador convicto
gozando sozinho sonhos que jamais se tornarão realidade.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Esperando Freud
Li no blogue Boa Noite Cinderella a seguinte tarefa (ou meme, ou corrente, ou praga):
1.- Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);2.- Abra-o na página 161;3.- Procurar a 5ª frase, completa;4.- Postar essa frase em seu blog;5.- Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;6.- Repassar para outros 5 blogs.
> Livro: O Silêncio da Chuva, do Luiz Alfredo Garcia-Roza
> Quinta frase completa: “A boca seca pelo vinho fez com que me levantasse à procura de água.”
by http://www.z-cp.com/
Minha tarefa: Livro: Alegria Breve, de Vergílio Ferreira
Quinta frase: "Ninguém me ouvia: acaso falei?"
Aliás, esse capítulo é ótimo: o narrador zoando a imprensa (nada contra os jornalistas, Táia. Ou melhor, quase tudo - eu posso falar pois quase me tornei uma. Mas arranjei uma profissão mais digna. Não pelo salário de merda, obviamente. Pra quem não sabe, sou professora).
Tautologia
sorri
ao vê-lo
Palavras se abraçam
ao pensar
em você
Sou repetitiva,
quase obcecada
Da boca pra dentro,
só falo em você
Faço versos sem rimas
que nunca tocarão
seus olhos
Tudo o que calo é da boca pra fora.
(créditos: http://cabriolas.blogspot.com/)
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Roubando um post com o qual eu me identifiquei, de um flog muito bom!
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
terça-feira, 18 de setembro de 2007
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Eis o absurdo
O Surto
(a Camus)
Enquanto eu sentia o sussurrar do além-banal
aquela manada rugia seu silêncio como rinocerontes lutando
batento seus chifres entre si
exalando hormônios que se evolavam no ar
sem nenhuma aplicação consistente
e seu brado era branco
e surdo
ao meu apelo.
Abriu-se uma fenda
entre mim e o mundo.
Haviam dois mundos paralelos.
E eu não pude conter
o furor emanado pela cisão.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Vejam como estou brega II
Rita Lee
Composição: Rita Lee - Roberto de Carvalho
Juro que não vai doer
Se um dia eu roubar
O seu anel de brilhantes
Afinal de contas dei meu coração
E você pôs na estante
Como um troféu
No meio da bugiganga
Você me deixou de tanga
Ai de mim que sou romântica!
Kiss baby, kiss me baby, kiss me
Pena que você não me kiss
Não me suicidei por um triz
Ai de mim que sou assim!
Quando eu me sinto um pouco rejeitada
Me dá um nó na garganta
Choro até secar a alma de toda mágoa
Depois eu passo pra outra
Como mutante
No fundo sempre sozinho
Seguindo o meu caminho
Ai de mim que sou romântica!
Kiss baby, kiss me baby, kiss me
Pena que você não me kiss
Não me suicidei por um triz
Ai de mim que sou assim!
Vejam como estou brega
Pra Você Eu Digo Sim
(versão de Rita Lee para "If I feel", dos Beatles)
Se eu me apaixonar
Vê se não vai debochar
Da minha confusão
Uma vez me apaixonei
E não foi o que pensei
Estou só desde então...
Se eu me entregar total
Meu medo é
Você pensar que eu
Sou superficial...
Se eu não fizer
Amor
assim sem mais
Se você brigar
E for
Correndo atrás de alguém
Não vou suportar
A dor de ver
Que eu perdi
Mais uma vez meu amor
Uuuuh!...
Mas se eu sentir
Que nós estamos juntos
Longe ou a sós
No mundo e além
Pode crer que tudo bem
O amor só precisa de nós dois
Mais ninguém
Uuuuh!...
Se você quiser
Ser meu namoradinho
E me der o seu carinho
Sem ter fim
Prá você eu digo:
Sim!...
domingo, 9 de setembro de 2007
por ter se (me) apaixonado por um indigente
tenho provas guardadas em gavetas
de que o meu inconsciente é responsável
pelas minhas turbulentas metas
vou processá-lo
exorcizá-lo
da minha mente
porque ele mente
me engana
me fere
me polui
Ui!
que raiva
inconsciente do inferno
(pior que o descrito por Dante)
não mereceria isso
nem mesmo um elefante!
Planos macabros
tramados contra mim
já declarei
uma guerra sem fim!
sábado, 8 de setembro de 2007
Ai, que vontade! II
de rabiscar
de me matar
de pular a cerca
de mudar a rota
soltar um arroto
alterar a meta
dar a boceta.
De bocejar
me masturbar
fugir do lar
de assassinar
(a psicóloga).
Ai, que vontade
de assinar o divórcio
me entregar ao ócio
comer silício
cair no vício.
Andar pra trás
que me desfaz
essa sua ausência.
De seqüestrá-lo
e estuprá-lo
e saciá-lo.
De ficar nua
no meio da rua
de comer sopa
andar na garupa
da sua moto.
Beijar sua foto
ser sua puta
comer farofa
ser terremoto.
De serenar
de chover
de tempestar
pra encharcá-lo.
Esfaquear o galo
queimar dinheiro
ir no banheiro
e vomitar
o mundo inteiro!
Ai, que vontade!
de quebrar a casa
de quebrar a cara
de quebrar o canto
o encanto,
o conto,
o verso, a rima.
Que vontade
de pôr fogo na cama
de queimar a Bíblia
de queimar incenso
de queimar um.
De cagar no mundo
de parir uma vela
e soltar um pum!
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Ainda sobre o anti-americanismo
Na V Semana de Pesquisa em Letras da UFES, durante um dos simpósios (não foi o no qual apresentei comunicação)
sufocada.
Um monstro boschniano devorando-me por dentro.
Triturando, deglutindo meu coração.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Uma abordagem não usual sobre o racismo
Tudo bem, as religiões, sob uma ótica marxista, são realmente um aparelho ideológico do Estado. Mas também tem seu lado positivo. O que isso tem a ver com o que disse sobre os americanos? Uma vez, numa viagem de ônibus de Barra Mansa a Volta Redonda, conheci uma americana maneirassa de Seatle, e ela só puxou conversa comigo porque ela estava no Brasil como missionária de uma religião - que nem lembro mais qual é - e ela tinha como papel cativar as pessoas com o intuito de posteriormente convidá-las a participar de sua religião. Mas ela foi super simpática, nada de lavagem cerebral em cima de mim, só um convite sutil para ir à igreja dela no final da conversa. Aliás, ela acabou descendo no mesmo ponto que eu, pois a igreja dela ficava justamente na mesma rua onde eu morava na época.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Tributo a João Cabral
(Coisa mais esdrúxula detergente de morango!)
Mas, ao contrário do Capibaribe, meu trabalho árduo é fecundo, e me dá orgulho executá-lo.
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“(...)
porque é mais espessa
a vida que se luta
cada dia,
o dia que se adquire
cada dia
(como uma ave
que vai cada segundo
conquistando seu vôo).”
(O cão sem plumas, João Cabral de Melo Neto).
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Raiz podre
sábado, 25 de agosto de 2007
As brincadeiras sérias
Por amor, sou aio e amo
de quem amo, e o persigo,
me abomino na lama,
enfrento qualquer perigo.
Se amo mesmo quem amo,
sou meu próprio inimigo,
Pois matei o que morreu
em mim ao me dar sem dó
a mó que moeu meu eu.
Só pode amar quem moeu
seu eu na amorosa mó,
e desse pó renasceu.
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Perdoem-me porque não sei se todos os versos se iniciam com letra maiúscula ou não, é que copiei isso de uma cópia - minha mesmo, mas nem lembro de onde copiei - na qual estavam todas as letras, inclusive as do interior do verso, com letra maiúscula. O mesmo se dá com o poema de Paulo Leminsky abaixo.
Soneto do maior amor
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere, vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Súplica
Eu: coberta de pólen, pelúcia, pluma, plúmbeo pó.
Você acompanhado e eu só.
Minha fada me quer, você não.
Eu passo fome e você mastiga o pão,
deixando as migalhas caírem no chão.
Bóio num grande lago,
você no cigarro dá um trago.
Cigarro, pólen, pão,
tudo perdido no espaço.
Deus, atento, desenha traço por traço
da ilustração desse calhamaço
que você nem quer ler, nem te interessa.
Eu te imploro um minuto de atenção, mas você tem muita pressa.
Eu: bailarina de perna quebrada.
Nunca mais te vi empunhar a espada,
que na sua vida sou apenas figurante.
Você no paraíso e eu no inferno de Dante.
E eu lhe peço: dê-me uma chance
de provar que há mel na minha colméia
que você pode comer até que canse,
até virar centopéia.
Poema ilegível
Venho lhe comunicar
algo terrível:
estou apaixonada
pelo impossível.
Eu tateio o incorpóreo
e vejo o invisível.
O carro se move
sem combustível.
E nessa vida incrível
traço um plano infalível
pra fugir desse mundo horrível
voando num dirigível.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Ouvido obsoleto
Meu caracol auricular é fuleiro
Não distinguo nenhum som por inteiro
Passei todo o mês de janeiro
Estudando o batuque do pedreiro
Mas desisti já em fevereiro
Já que meu tímpano é um isqueiro
Que queima todas as notas semeadas pelo mais cuidadoso jardineiro.
Não seja tão encrenqueiro
Deixe em paz o roqueiro
Que se prostitui pelo dinheiro
Tocando música sertaneja no puteiro
Puteiro que é essa sociedade
que fede mais que um banheiro.
Amor volátil
o amor evola
tal como o vírus ebola
contagiando todos:
na rua, na farmácia, na escola.
Quando muito intenso,
vivido com a euforia da rede batida pela bola,
o amor não cola.
Mas o amor sereno
tal como o de Breno
esse sim, leve, ameno.
Amizade que não se evapora.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Da inspiração
O buscador habitual se prepara inclusive para se deparar com o acaso, que, generosamente, passa a produzir tantos resultados que se torna assistente habitual. Além de tudo, o acaso trabalha de graça.
Em resumo: inspiração existe e, se se quiser assim, é o motor (auto ou alter) que leva alguém a criar algo com força de grandioso e que, uma vez expirado (isto é, posto a circular), encontra eco entre seus destinatários."
(Valdir Rocha, na edição de fevereiro-abril da revista Zupi)
terça-feira, 14 de agosto de 2007
No Parque Pedra da Cebola
Carta aberta a Vinícius (psicólogo e fundador do GAIA - Grupo Aberto de Informações Artísticas)
Monocultura
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Inspiração...
Dearest Cleo, It's over between me and you..._ acrylic and mixed media on wood
(http://www.fotolog.com/matchew)
Republicando...
Decadentismo²
1, 2, 3, 4, 5.
5 goles de absinto.
5, 4, 3, 2, 1.
Mais 1 copo de rum.
46, 47, 48, 49, 50.
50 doses de menta.
5³, 7³, 21³, 4², 29³.
29³ tonéis de vodka e gelos em cubo.
E ainda não está bêbada a atriz.
E no quadro-negro risca a bissetriz
de um ângulo agudo
enquanto bebe cerveja no canudo
calcula com cuidado tudo
escreve com cigarro e fuma o giz.
Árvore no túnel
Etimoludia
D"O amor" clariceano
Fracaço (sic - em itálico)
Mas o viruz (sic), kê (siq)ueria mau,
dez(sic)ntegrou-se.
Ondas escarlates
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Saci
A lojinha aqui em São Francisco de Paula - RS, que me inspirou tal post é homônima ao mesmo, porém escrito com "y": Sacy: O "y" é a muleta que o Saci "pegou emprestado" com o Tio Sam para se apoiar... - "pegou emprestado" entre aspas porque Tio Sam não sabe o que é emprestar, compartilhar... e essa muleta tá saindo bem cara!
Orgasmo no esôfago
Bundalelê
sábado, 4 de agosto de 2007
antevisão (i)lúdica
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Meus filhos
terça-feira, 31 de julho de 2007
A vida é uma sucessão de mortes
(Vergílio Ferreira, Alegria Breve)
domingo, 29 de julho de 2007
Anaisa
sábado, 28 de julho de 2007
Por quê sempre queremos violar segredos?
Fabrini
http://www.fotolog.com/fabrini